mais cafe: 200 Filmes! (Meu Malvado Favorito, Vidas em Jogo e Fora de Controle)

...de volta à nossa programação!

Para compensar a ausência prolongada desta coluna, deste blog, deste autor (enfim), blá, blá, blá, batata, batata, batata, vamos à resenha de 3 filmes deste fim-de-semana.

Um parênteses: se você é um desavisado que caiu aqui no blog por acaso (não, eu não posto receitas de cafés árabes, maltados, com essência de morangos da Malásia, nem nada disso. Aliás, café para mim, é expresso, ou de coador, preto e com pouco açúcar. Simples assim. E servido durante o dia inteiro, claro!), o negócio é seguinte (presta atenção, que eu não vou explicar de novo): minha esposa e eu alugamos – em média – uns 200 filmes por ano. Inclusive, a gente consegue assistir quase todos, veja só! J

Daí, como eu entendo um pouco disso, vou comentar aqui com vocês o que achei, ouquei?

Filmes novos, lançamentos? Nem.

Precisa ser algo muito especial para fazer com que nos arrastemos até uma sala de cinema. Nenhum Multiplex, com 3D, massagem tailandesa com radiação gama, pantufas antigravidade e o escambau se compara à sala de casa, com nosso sofá, nossa cozinha perto para pipocas e refris, o banheiro para aquela pausa estratégica...

[Nesse momento, o leitor desavisado pensa: “Quantas linhas mais esse pateta vai desperdiçar antes de começar a falar de filmes? Acho que vou voltar a ler sobre o BBB...”]

Tá bom, vamos lá:

Meu Malvado Favorito [EUA / 2009] – Animação

Um supervilão do tipo jamesbondiano das antigas (“Quero dominar o mundo, e no processo vou até roubar pirulito de criança pra isso! Quiquié? Vai encarar?"), enfrenta a perda de prestígio e a concorrência de um novato. Para retomar seu status, resolve...roubar a Lua! E ele tem um plano: munido de um empréstimo bancário (hein?!), uma arma de raios encolhedores, três órfãs adotadas, um cientista louco a seu serviço e centenas de ajudantes (os Minions – sensacionalmente felizes da vida, o tempo todo), ele não medirá esforços para atingir seu objetivo! Pergunto eu: roubar a lua pra quê, meu Deus? Tá bom, é desenho animado; vale tudo.

Chupado do Omelete: “A animação marca a estréia da Illumination Entertainment, empresa fundada por Chris Meledandri, ex-pr

esidente da 20th Century Fox Animation, que lançou A Era do Gelo, Robôs, Os Simpsons, Horton e o Mundo dos Quem, Alvin e os Esquilos, entre outros.”

Humor sutil, muitas gags visuais; o embate entre os dois supervilões parece aquelas brigas de vizinho, estilo “Pato Donald e Silva”, em que cada um revida com um truque sujo maior e mais absurdo a cada vez. Não importa sua idade (eu não me importo); vai curtir.

Nota: Nem o final (claro! Dããã...) feliz, tipicamente hollywoodyano desanda a mistura.

Cotação: 4 cafés e meio.

Vidas em Jogo [EUA / 1997] – Suspense

Com Michael Douglas e Sean Penn. Direção de David Fincher (Seven, Clube da Luta, Zodíaco, a Rede Social, etc, etc...sabe quem é? Então.)

Vou começar copiando uma parte da resenha do Omelete, que eu estou com sono:

“Nicholas Van Orton (Michael Douglas) é um banqueiro milionário que acorda apreensivo e preocupado no dia em que completa 48 anos de vida. [a-ham...se fosse classe média e endividado ia acordar muito mais apreensivo. Enfim.] Motivo: seu pai havia se suicidado exatamente com esta idade. O dia de Nicholas, que já começa estranho, piora ainda mais quando ele ganha um presente especial de seu irmão Conrad (Sean Penn): um cartão que lhe dá acesso a um divertimento diferente, completamente inédito, promovido por uma suposta empresa chamada Serviços de Recreação do Consumidor.”

Sabe quando você não faz idéia de que filme quer assistir, pega algo sem maiores pretensões (baseado apenas no elenco e/ou no diretor), e tem uma surpresa Tamanho Baita? Faz tempo que isso não te acontece? Então; se você curte suspense, este é o filme. Uma surpresa atrás da outra; uma gincana, onde cada pista leva a mais perguntas; um tour de force inteligentíssimo, onde nada (deixa eu frisar: NAAADA.) é o que parece ser. Lá pelas tantas você vai se pegar perguntando:

“Má que porra tá acontecendo?”

Como assim, divertimento diferente? O quê a CRS faz, exatamente? Qual o envolvimento do irmão dele? Qualquer coisa que eu conte, estraga as surpresas – que não são poucas. Confesso que tinha ouvido falar muito vagamente deste filme e...na boa? Vale muito a pena. Surpreendente, até o final. Alugue sem medo e depois me conta.

Cotação: [5 Cafés. Sério.]

Fora de Controle [EUA / 2008] - Não sei o quê é isso.

Com Robert DeNiro, Sean Penn, John Turturro, Robin Wright Penn, Stanley Tucci, Kristen Stewart, Bruce Willis.

Direção de Barry Levinson [Bom Dia, Vietnã, Rain Man, Bugsy, e mais um monte de títulos do tipo Assista-e-Esqueça...está longe de seus melhores dias.]

DeNiro é um produtor de Hollywood envolvido com o lançamento de um filme protagonizado por Sean Penn, cujo diretor é um xarope (o chato-pra-caray Michael Wincott, simplesmente péssimo), que enfia uma cena chocante no final, para justificar sua “integridade artística” (boceeejo)

Durante duas semanas, DeNiro tenta: conciliar a visão do diretor com o objetivo imposto pela executiva do estúdio, levantar investidores para um novo filme, se reconciliar (ou só comer) com sua ex-mulher, descobrir quem é o amante dela, lidar com um astro temperamental de seu novo filme (Bruce Willis, no papel – interessante - dele mesmo, em tese: na verdade, está tirando sarro de Mel Gibson, em uma piada que se estende demais ao longo do filme.), levar a filha à escola, limpar a bunda do cachorro, fazer mercado, consertar a pia da cozinha, terminar o crochê, declarar o imposto de renda, assobiar e chupar cana, tudoaomesmotempoagora.

Cá pra nós? DeNiro está no piloto automático de novo, ancorando sua presença no filme apenas em seu carisma; continua devendo uma daquelas interpretações marcantes. Sean Penn entra (praticamente mudo e sai calado); está claramente pagando um favor (sabe-se lá qual) ao amigo. O resto do elenco, nem vale a pena mencionar. Pra encerrar o assunto: o filme não desenrosca, não anda, não cheira nem fede. Assiste-se sem muito interesse; meia hora depois você não lembra mais do que viu e, com certeza, vai pagar a locação de má-vontade.

Cotação: [Três cafés. Coados na meia.]